Geração de energia solar deve aumentar 67% em 2021
Segundo dados dos MME, a expansão da energia eólica também deve ser expressiva, com aumento de 23% em relação a 2020
A produção de energia solar fotovoltaica deve chegar a 18 TWh em 2021, uma alta de 67% com relação aos 10,7 TWh verificados em 2020. Deste total, a GD (geração distribuída) terá o maior crescimento, gerando 10,8 TWh em 2021, contra 4,8 TWh em 2020, um aumento de cerca de 125%.
Os dados foram divulgados na semana passada no Boletim Mensal de Energia de agosto, realizado pelo DIE (Departamento de Informações e Estudos Energéticos), da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME (Ministério de Minas e Energia).
Além da fonte fotovoltaica, a eólica também deve ser expressiva neste ano em comparação com o ano passado. Segundo o boletim, a geração de energia eólica pode chegar a pouco mais de 70 TWh, representando um aumento de 23% com relação a 2020.
Em contrapartida com a solar e a eólica, outras fontes renováveis devem ter um recuo na geração em 2021. O boletim apontou que a energia hidráulica deverá recuar cerca de 10% em razão da forte seca. O documento ainda mostrou que a oferta de Itaipu está negativa em 31,1% no acumulado do ano.
Além disso, o consumo de biomassa – para calor industrial e geração de energia elétrica – deve apresentar forte recuo no setor sucroalcooleiro e moderado no restante da agricultura. Devido ao recuo destas fontes, que possuem grande presença na matriz energética brasileira, estima-se que as renováveis terão menor participação nas matrizes energética e elétrica de 2021, em relação a 2020.
O boletim ainda apontou que a OIE (Oferta Interna de Energia), energia necessária para movimentar a economia do país, deverá crescer 4,5% em 2021. A OIE deverá ter 44,4% de participação de renováveis, contra 48,4% em 2020. (Veja abaixo)
Fontes fósseis
O Boletim Mensal de Energia também mostrou que as fontes fósseis devem crescer cerca de 10%, principalmente pela recuperação dos transportes e da indústria, afetados pela pandemia do Covid-19 em 2020, e pela maior geração termelétrica, em decorrência da seca que se agravou em 2021.