Brasil constrói primeira vinícola da América Latina movida 100% a energia solar

Parque solar com 600 painéis fotovoltaicos é capaz de suprir 100% da demanda energética do empreendimento.

Localizada na cidade de Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, a vinícola Guatambu Estância do Vinho possui um parque solar com 600 painéis fotovoltaicos capaz de suprir 100% da demanda energética do empreendimento. A obra garantiu ao Brasil o título de primeiro país da América Latina a ter uma vinícola movida a energia solar.

Além da economia de eletricidade, o sistema proporciona redução de emissões e ainda devolve à rede de energia sua produção excedente. De acordo com Valter José Pötter, diretor e proprietário da vinícola, o uso do sol como fonte de energia limpa não era a primeira escolha durante a concepção do projeto, porém se tornou a mais viável economicamente.

“Antes de construir, fizemos um convênio com o Centro Eólico da PUC para pesquisar a frequência e intensidade dos ventos aqui na região. Após um ano e meio de estudo, veio o veredicto: vento médio. Em resumo, precisaria de um grande investimento em geradores eólicos que demorariam entre 15 e 20 anos para se pagar. Na sequência, partimos para o projeto de energia solar. Instalamos um piloto de 18 placas solares para pesquisa e testes durante dois anos e meio e foi um sucesso”, explica.

“Em primeiro lugar a questão ambiental é a mais importante, sem dúvida alguma. É um ganha-ganha: a empresa ganha e a sociedade ganha, pelo fato de não estarmos usando energia que não é renovável; o governo e as estatais também ganham, pois estamos ajudando a incentivar a produção de energia limpa no país sem a necessidade de investimentos por parte do governo federal”, diz Pötter. Ele completa: “Eu não tenho dúvidas de que o primeiro passo para qualquer investimento é experimentar. Eu não me animaria a fazer nada de uma forma rápida. Jamais instalaria 600 painéis, baseado em ‘achismos’. Nós testamos por dois anos e meio a prática e isso nos dá uma firmeza muito grande, uma solidez, na hora de investir com convicção de que se trata de um projeto viável”.

A vinícola conta ainda com captação de água da  chuva, utilizada para o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio e para a irrigação dos jardins do empreendimento. Parte do recurso ainda é encaminhado para uma estação de tratamento, construída dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde, que produz 500 litros de água potável por hora. Nos vinhedos, há ainda um projeto-piloto que visa implementar técnica sustentável e ecológica de controle de doenças fúngicas, a partir da utilização de micro-organismos que combatem naturalmente os fungos – sem o uso de químicos.

Fonte: The Greenest Post

Crise hídrica: energia solar fotovoltaica pode ser a solução para conter problema que afeta o Brasil

O Brasil enfrenta a pior crise hídrica das últimas décadas e, diante da falta de chuvas, diversos reservatórios de hidrelétricas estão próximos do nível mínimo para a geração de energia elétrica. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste, que geram 70% da energia do país, operam com 19,59% da capacidade nestes últimos dias.

Esta situação impacta diretamente a vida dos brasileiros, já que o país ainda é considerado bastante dependente da geração hídrica, com 64,9% da sua eletricidade originária dessa fonte (segundo a ANEEL). Com a crise hídrica, passaram a ser constantes os reajustes no preço das tarifas de energia elétrica desde junho. O Brasil estava na bandeira vermelha patamar 2, que cobra um sobrepreço no consumo, e diversos reajustes dentro dessa categoria já foram anunciados desde então.

Quando falamos em crise hídrica e reajuste tarifário, é importante destacar que, ao gerar a própria energia através de uma usina fotovoltaica, por exemplo, você acaba sofrendo muito menos os impactos financeiros. Além disso, a energia solar fotovoltaica é considerada uma energia totalmente limpa e sustentável.

Investimento atrativo

Por estes motivos, o investimento em uma usina fotovoltaica acaba se tornando ainda mais atrativo em momentos de escassez hídrica, tanto para a população quanto para o meio-ambiente. Com uma comparação simples, é possível afirmar este fato. Falando em números, a Domus Solar já instalou mais de 500 usinas fotovoltaicas, que, até o momento, geraram cerca de 11 milhões de kWh de energia. Para gerar esta mesma quantidade de energia, estima-se que seriam necessários 70 bilhões de litros de água, o que equivale a quase 40 mil piscinas olímpicas. Ou seja, toda essa quantidade de água deixou de ser utilizada por aqueles que optaram pela energia fotovoltaica. Além disso, vale destacar que quem possui um sistema fotovoltaico, seja em sua indústria, comércio ou residência, não sofre tanto com os reajustes tarifários, já que acaba pagando somente pela taxa de custo de disponibilidade da rede elétrica.

Cidade alemã consome energia 100% renovável ao se desconectar da rede elétrica por uma hora

Bordesholm já possui 75% de energia renovável e espera atingir a marca de 100% em 2020.

 

Em Novembro de 2019 em Bordesholm, uma pequena cidade alemã em Schleswig-Holstein, atraiu a atenção internacional depois de se desconectar totalmente da rede elétrica e depender 100% de energia renovável por uma hora. A cidade de 7.500 habitantes é a primeira a fornecer eletricidade a partir de fontes 100% renováveis. Após a uma hora a cidade foi reconectada à rede e nenhum morador notou a mudança.

 

A fonte de alimentação foi habilitada por um sistema de armazenamento de 10 MW e pelos inversores de bateria fabricados por uma empresa alemã. Este sistema de bateria ajuda a estabilizar a fonte de alimentação e integrar a energia renovável, fornecendo uma redução nas emissões de carbono locais. Além disso, foi projetado para fazer parte de uma “rede local independente” com recursos completos de ilhamento se necessário.

 

Esse desenho é útil quando ocorrem falhas de energia, além de ajudar a ativar a rede local em operação. “Este teste bem-sucedido é um marco importante na transição energética”, disse o vice-presidente executivo de soluções de armazenamento e larga escala da unidade de negócios da empresa alemã.

 

Isso resolve um grande problema das energias renováveis até agora: a sua intermitência em muitos momentos, já que dependem de fatores externos para gerar energia. Isto é, necessitam de vento (eólica) ou luz solar (solar), fatores que não estão sempre disponíveis, como combustível em uma termoelétrica ou a movimentação dos rios, como em hidroelétricas.

 

O fato de ninguém notar a mudança da rede elétrica para energia renovável e vice-versa foi um feito em si. “Demonstrou que as energias renováveis podem fornecer energia sem afetar a estabilidade do sistema.

 

O fornecedor local de energia, afirmou que tal teste foi uma “demonstração impressionante de como já é possível e economicamente rentável expandir sistematicamente as energias renováveis, juntamente com as capacidades de armazenamento necessárias, sem comprometer a confiabilidade do fornecimento”.

 

É uma demonstração fantástica, pois mostra que as energias renováveis podem ser usadas para fornecer energia a cidades inteiras de cada vez. O futuro é de energias renováveis, mas ainda há a necessidade de avançar em certas tecnologias para garantir a viabilidade em longo prazo.

 

Por conta disso, novos testes deverão ser feitos em breve com sistemas elétricos maiores. “A desconexão, a operação da rede de ilhas e a ressincronização com a rede de concessionárias ficaram sem problemas. O sistema de armazenamento supria toda a demanda de eletricidade da cidade, que poderia ser suprida exclusivamente a partir de energias renováveis”, disse o engenheiro de desenvolvimento de sistemas da empresa alemã.

 

Agora é só uma questão de tempo para que outras cidades da Europa sejam abastecidas com segurança por fontes renováveis.

 

FONTES: ELETRONIC POINT / GOODERS NEW
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